Teste – 16
Deus de vitória
BRINCADEIRAS E LOUVOR AO AMIGO JESUS
Crianças Que Vencem mobiliza milhares de voluntários na IIGD e promove a transformação dos pequeninos
Junte um grupo de crianças, “tias” com roupas supercoloridas, espalhe brinquedos por toda parte e deixe os pequenos se expressarem livremente. O resultado é barulho, correria e confusão, certo? Nem sempre. Se o objetivo for ministrar a Palavra ao coração deles, tudo isso pode estar no mesmo espaço, e, ainda assim, haverá espontaneidade e alegria no Espírito Santo. Apresentar Jesus aos pequenos é o objetivo semanal do Crianças Que Vencem, nos templos da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD). A ideia de que crianças são um incômodo, durante a pregação, passa longe. Afinal, para o ministério, elas não são a Igreja de amanhã, e sim legítimos integrantes do Corpo de Cristo hoje. É claro que o CQV também tem aquela gostosa e saudável bagunça típica da meninada. Porém, tudo acontece na hora certa. “A gente entende que elas são o terreno mais fértil para que a boa semente do Evangelho seja plantada”, afirma Jucimara Oliveira, a Tia Jú, que lidera as atividades de CQV há oito anos.
Segundo ela, o ministério tem se estruturado em nível nacional desde os anos 1990. Na época, essa atividade estava no começo, e a garotada era entretida da melhor maneira possível. “Não se tinha a visão de culto infantil”, lembra-se. A partir dali, graças ao pioneirismo da Pra. Nadir Gentile, foi implementada outra mentalidade, como a divisão por faixas etárias, o uso de material apropriado e a busca por espaços mais adequados. “Deus foi agregando pessoas com esse propósito”, atesta Jucimara. Hoje, o Crianças Que Vencem mobiliza uma ampla rede de voluntários: “Cada Igreja tem de quatro a cinco tias e tios, pelo menos”. Isso projeta o trabalho à casa dos milhares de participantes.
Naturalmente, dimensionar a quantidade de pequeninos envolvidos é impossível. Todos encontram carinho, respeito e oportunidades para dar vazão à espiritualidade. “Em nossas Igrejas, o espaço da criança funciona da mesma maneira que o culto. Há louvor, mensagem e oração. Tudo tem proposta e estrutura adequadas”, destaca. “A rotina é estabelecida pensando-se nelas. Temos dinâmicas próprias, ferramentas pedagógicas e lúdicas, que facilitam a aprendizagem e o envolvimento”. Lanches e brincadeiras são igualmente fundamentais: “Tudo isso faz parte”.
UNIDADE DE PROPÓSITOS
Jornalista com formação em Pedagogia, Jucimara atua na sede da IIGD em São Paulo. Ela destaca que a Igreja liderada pelo Missionário R. R. Soares tem se esforçado para aperfeiçoar as atividades infantis: “Participamos de vários cursos e avaliamos métodos de ensino”. Um cronograma trimestral é estabelecido, com lições sequenciadas e aulas planejadas para diferentes faixas etárias.
Jucimara assegura que, graças a esse acolhimento dado pela Igreja da Graça à garotada, suas famílias não só se aproximam mais do Senhor, como também são abençoadas. “É a Igreja de Cristo permitindo que as crianças conheçam Jesus com a mesma potencialidade de fé e milagres apresentada aos adultos”, conclui a líder. Essa unidade de propósitos se observa nos templos e regionais da IIGD em todo o Brasil. “Quando uma criança corrige seu pai, porque ele ‘orou errado’ e não determinou a bênção, vejo que estamos formando uma geração de fé que lutará contra as trevas”, brinca a Pra. Sarah Araújo Xavier, de Brasília. Lá, na capital federal, ela coordena as atividades de cerca de 130 voluntários de CQV de olho no futuro das pequenas ovelhas: “Serão homens e mulheres de Deus que não aceitarão a cultura mundana”.
Assim como nas outras regiões do país, o trabalho em Brasília é dinâmico, com evangelismo nas ruas, cultos infantis, peças teatrais e caravanas das escolinhas nas cidades. “Tudo é feito visando à salvação dos pequeninos”, destaca Sarah. Nos últimos meses, o ministério precisou se readaptar. “Como não estávamos podendo receber as crianças na igreja, sentimos a necessidade de criar os cultos voltados para elas, pelas redes sociais. Além dos grupos de Whatsapp, temos vídeos desenvolvidos pelas ‘tias’ e atendimentos via Zoom e outras mídias digitais. Aos domingos, transmitimos ainda a nossa live CQV–DF”. Sarah é pastora há 14 anos, dez deles envolvidos com o ministério infantil da IIGD. “Ver a formação espiritual desses meninos e dessas meninas é o nosso maior presente!”.
No Rio Grande do Sul, onde as tradições culturais são fortes, o pessoal à frente do CQV inclui, no calendário de atividades, festas típicas, como o Dia do Gaúcho, ou a Semana Farroupilha. “As crianças chegam vestidas com trajes típicospara os cultos”, diverte-se a radialista Angelica Sostizzo Machado, coordenadora local, referindo-se às belas roupas das comemorações sulistas. “Festejamos com alegria e falamos da importância de celebrarmos o Autor e Consumador da nossa fé: Jesus”. Estabelecendo pontes com as famílias e comunidades, o CQV mantém, inclusive, atividades traduzidas para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) nas escolinhas, pensando na evangelização de crianças com deficiência auditiva.
Com cerca de 750 voluntários, o CQV nas terras gaúchas segue os modelos e cronogramas implementados pela liderança nacional: “Conforme os horários de cultos, as crianças são recebidas nas salinhas para as atividades, a fim de ouvirem a Palavra”. Angelica está envolvida com essa missão desde 2004. Ela cursou o magistério no Ensino Médio, o que a possibilita auxiliar nas séries iniciais. “Sempre amei a Educação Infantil. Quando me converti e conheci a Igreja da Graça, sabia que podia cooperar nesse ministério”. Entre as suas motivações, está o desejo de que as crianças conheçam Jesus como Amigo e Salvador. “Assim como Deus me alcançou e abençoou a minha casa, Ele pode fazer isso no lar de quem crer e viver para o Senhor”. Para isso, não há idade mínima. O próprio Jesus gostava de ter a garotada perto dEle (Mt 19.14).
(Da Redação: todas as fotos ilustrativas desta reportagem foram feitas antes do isolamento social e da adoção de medidas sanitárias de contenção do novo coronavírus no Brasil.)