Teste – 24
Graça Kids lança segundo episódio de histórias inesquecíveis
BEBIA O ANO TODO
Alcoolismo levou José Gonçalves de Pontes aos jogos de azar e ao crime
O’hara Santos
“Evite ressaca, mantenha-se bêbado”. A frase popular utilizada pelos amantes da boemia era quase um mantra para o potiguar José Gonçalves de Pontes, de 55 anos, morador de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro (RJ). “Esse era o dilema de quem estava diariamente nas ruas cariocas”, lembra-se ele, que bebia o ano todo. “Certa vez, falei para a minha esposa: ‘Vou ali tomar uma e já volto para almoçar’. Era uma segunda-feira e só voltei na quarta”, recorda-se.
José tinha vontade de se livrar dessa dependência, mas não conseguia suportar as crises de abstinência. “Os amigos me chamavam para beber, e a saideira nunca era uma só”.
A embriaguez o tornou agressivo. “Minha mãe se separou do meu pai e veio do Rio Grande do Norte para morar no Rio. Eu queria matar o homem por quem ela se apaixonou e quase tirei a vida dela, arrastando-a pelos cabelos”, confessa ele. Tamanha atrocidade foi impedida graças à intervenção divina. “Deus tocou no meu coração e disse: ‘É a sua mãe!’. Aí, eu a larguei”, revela.
“Defunto não paga nada a ninguém mesmo”
Para piorar a situação, José se envolveu com jogatinas. “Apostei diversas vezes em máquinas caça-níqueis. Perdi tudo, inclusive uma empresa de confecção de roupas e um carro. Fiquei devendo a agiotas, e os credores batiam à minha porta”, relata. Ele não tinha medo da morte. “Eu pegava o carro e dirigia a 120km/h. Eu só pensava: vou causar um acidente, porque defunto não paga nada a ninguém mesmo”.
Os pensamentos e atos nocivos continuaram, e ele entrou para o crime. “Comecei a receptar cargas roubadas. É uma experiência que não desejo a ninguém, porque o salário do pecado é a morte”, explica, fazendo referência ao texto bíblico de Romanos 6.23.
Ele morreria se não fossem as misericórdias do Criador. “Um dia, ouvi uma mensagem de um homem na televisão. Era o Pr. Rogério Postigo. Ele anunciou o endereço da Igreja Internacional da Graça de Deus, e lá fui liberto”, garante.
A restituição
José é grato ao Altíssimo pelo amparo recebido na Igreja. “Agradeço a Deus, à minha família e aos obreiros que me acolheram. A queda foi grande, mas o Senhor me restaurou”, destaca ele, que montou uma nova empresa e, nas horas vagas, ajuda os que chegam desesperados à IIGD no bairro de Madureira, na cidade do Rio de Janeiro.
Maria da Conceição Menezes do Nascimento, 57 anos, esposa de José Gonçalves, é testemunha da transformação dele. “Passamos momentos difíceis, mas o Senhor nos resgatou com Seu braço forte”.
A filha, Jessyca Menezes de Pontes, 15, reconhece que seu pai é uma nova criatura. “Agradeço por ele ser presente em minha vida. Ele me ajuda, dando-me carinho e atenção. Sempre quer o melhor para mim. Que Deus lhe retribua dia após dia”, diz, em tom afetuoso.